Antonia.M.S.
Membro Conhecido
Olá a todos/as,
Como estamos sempre a tempo de dar a conhecer novos lugares e este é um lugar especial por vários motivos, trago-vos: The Lake District.
Esta viagem já tem quatro anos, quase cinco, e teve um sabor especial. Foi um presente dos filhos para os pais, mais precisamente para o pai, pela celebração de meio século de vida. Terá sido, sem qualquer dúvida, a viagem mais fascinante e emotiva que fiz até hoje. Mágica, numa palavra.
Por ser uma data especial combinámos passá-la em Inglaterra junto dos filhos. Férias marcadas para a altura, voos comprados, tudo organizado, lá seguimos em voo da Ryanair para Londres Stansted, a partir de Faro porque a Ryanair ainda não voava de Lisboa. Com excepção do atraso monumental do voo, não explicado e não habitual nesta companhia (e que obrigou em Stansted à compra de novos bilhetes de autocarro até ao destino, porque os que havíamos comprado online, com hora marcada, já não serviam), tudo correu normalmente. Já em Londres, no aeroporto, seguimos viagem para o destino final, para desfrutar de uns dias, que já antevíamos felizes, na companhia dos mais queridos.
Na chegada, já noite avançada, nada fazia suspeitar que teríamos uma fantástica surpresa poucas horas depois. Fomos acordados manhã bem cedo, e como as malas ainda não estavam desfeitas apenas nos foi dito “reúnam tudo porque vamos sair por uns dias”!
Garanto-vos que a excitação e o entusiasmo que se seguiram não eram compatíveis com a nossa idade (mesmo que a verdadeira juventude seja um estado interior, que depende apenas de nós, e que fazemos por preservar), parecíamos crianças!
Quando saímos dos arredores de Londres, os quatro, em carro alugado (que um dos filhos terá ido buscar bem cedo, sorrateiramente), não fazíamos a menor ideia do que nos esperava. Para ser completa a surpresa, o destino não nos foi revelado. Seguimos na maior parte do tempo por autoestrada, e apenas sabíamos que rumávamos a norte pelas indicações que íamos vendo. Percebemos o destino final já bem perto, e o entusiasmo ainda foi maior. Já conhecíamos o Lake District por fotografias e relatos dos filhos, que já tinham visitado, e sabíamos ser um local maravilhoso.
Foram dias, inesquecíveis, verdadeiramente irrepetiveis, de partilha, de encanto, de descoberta, de aventura, e também de muita adrenalina. Algumas das caminhadas foram verdadeiras aventuras (subidas íngremes com pedras e muita neve à mistura) e circular sem problemas por estradas, tão estreitinhas e sem bermas, é realmente uma proeza.
Contado o motivo principal desta viagem e porque sem ele talvez ela não tivesse existido, vamos ao que mais interessa.
The Lake Disctrict: Home ou o distrito dos Lagos, é um parque nacional, repleto de lagos (cerca de onze), situado no condado de Cumbria, uma das regiões mais montanhosas (tem a maior montanha de Inglaterra – Scafell Pike) e com mais pluviosidade de Inglaterra. Situa-se junto à fronteira com a Escócia. O maior lago, e também o mais conhecido, é o Lago Windermere.
Aqui podem encontrar todos os mapas necessários a um bom roteiro:
Maps of the Lake District
As paisagens, simultaneamente selvagens e pastoris (há um ovelha a espreitar-nos em cada canto, ou, como dizemos no Alentejo, atrás de cada moita), são soberbas, deslumbrantes, e as atrações são inúmeras: montanhas, neve, lagos, caminhadas, desportos náuticos, passeios de barco, passeios de bicicleta, aldeias típicas, boa gastronomia, etc, etc.
O parque natural tem excelentes condições em termos de alojamento e restauração, e as opções são muitas. Podemos também encontrar pequenos supermercados.
Deixo duas sugestões:
Home | Abbot Hall | Christian Guild Hotels, em Grandge-over-Sands. Recomendo os lodges, onde ficámos, são excelentes.
http://www.queensheadtroutbeck.co.uk/, em Troutbeck, muito bom! O restaurante era imperdível (na verdade esta região contraria o consenso geral no que respeita à gastronomia inglesa J). Digo era porque em junho de 2014 houve um incêndio e o Hotel/Restaurante, ficou muito danificado. Foi, entretanto, restaurado, espero que tenha mantido a qualidade.
O melhor percurso para chegar ao Lake District, a partir de Londres, é seguir por autroestrada que não tem portagens e é quase sempre a mesma, a M6. Passa por Birmingham, Manchester, Lancaster, etc.
A viagem é na verdade um pouco maçadora, porque as autoestradas inglesas têm um tráfego intensíssimo, de dia ou de noite, muitos, muitos camiões...
De dia faz-se muito bem, mas de noite, como fizemos no regresso, é bastante cansativo. Os meus filhos na viagem anterior foram de comboio e referem ser bastante mais confortável. Alugar carro tem a grande vantagem de dispormos do tempo à nossa vontade. De todos os lagos vimos apenas cinco e mesmo assim porque tínhamos carro, de contrário não seria possível. Há no entanto várias opções em termos de transporte: autocarro (transporte público), ferries e muitos sítios onde alugar bicicletas.
Nesta altura do ano, a conjugação das cores outonais com a água e os picos cobertos de neve, tornam a paisagem absolutamente notável e deslumbrante. O poeta William Wordsworth descreveu o Lake District como ““o recanto com mais encanto que o ser humano já conheceu” ”!
Apenas foi possível conhecer alguns dos lagos, mas contrariamente à previsão meteorológica (chuva para todos os dias) e para tudo ser perfeito, a natureza ofereceu-nos uns maravilhosos dias de sol, pelo que aproveitámos cada minuto de toda aquela beleza. Fizemos sobretudo longas caminhadas pelas montanhas (sempre com pick-nicks pelo meio, em lugares perfeitos) e passeios de carro pela região. Durante o dia, na montanha, o sol aquecia bastante, e os casacos por vezes dispensavam-se. Já quando anoitecia (por volta das 16, 30h é quase noite), o frio fazia sentir-se bastante mesmo nos vales, e pelas 17, 18h rondariam os 3º, 4º. Um agradável pub aguardava-nos em cada final de tarde. Era preciso repor energias.
Bowness- Lago Windermere
Como estamos sempre a tempo de dar a conhecer novos lugares e este é um lugar especial por vários motivos, trago-vos: The Lake District.
Esta viagem já tem quatro anos, quase cinco, e teve um sabor especial. Foi um presente dos filhos para os pais, mais precisamente para o pai, pela celebração de meio século de vida. Terá sido, sem qualquer dúvida, a viagem mais fascinante e emotiva que fiz até hoje. Mágica, numa palavra.
Por ser uma data especial combinámos passá-la em Inglaterra junto dos filhos. Férias marcadas para a altura, voos comprados, tudo organizado, lá seguimos em voo da Ryanair para Londres Stansted, a partir de Faro porque a Ryanair ainda não voava de Lisboa. Com excepção do atraso monumental do voo, não explicado e não habitual nesta companhia (e que obrigou em Stansted à compra de novos bilhetes de autocarro até ao destino, porque os que havíamos comprado online, com hora marcada, já não serviam), tudo correu normalmente. Já em Londres, no aeroporto, seguimos viagem para o destino final, para desfrutar de uns dias, que já antevíamos felizes, na companhia dos mais queridos.
Na chegada, já noite avançada, nada fazia suspeitar que teríamos uma fantástica surpresa poucas horas depois. Fomos acordados manhã bem cedo, e como as malas ainda não estavam desfeitas apenas nos foi dito “reúnam tudo porque vamos sair por uns dias”!
Garanto-vos que a excitação e o entusiasmo que se seguiram não eram compatíveis com a nossa idade
(mesmo que a verdadeira juventude seja um estado interior, que depende apenas de nós, e que fazemos por preservar), parecíamos crianças!Quando saímos dos arredores de Londres, os quatro, em carro alugado (que um dos filhos terá ido buscar bem cedo, sorrateiramente), não fazíamos a menor ideia do que nos esperava. Para ser completa a surpresa, o destino não nos foi revelado. Seguimos na maior parte do tempo por autoestrada, e apenas sabíamos que rumávamos a norte pelas indicações que íamos vendo. Percebemos o destino final já bem perto, e o entusiasmo ainda foi maior. Já conhecíamos o Lake District por fotografias e relatos dos filhos, que já tinham visitado, e sabíamos ser um local maravilhoso.
Foram dias, inesquecíveis, verdadeiramente irrepetiveis, de partilha, de encanto, de descoberta, de aventura, e também de muita adrenalina. Algumas das caminhadas foram verdadeiras aventuras (subidas íngremes com pedras e muita neve à mistura) e circular sem problemas por estradas, tão estreitinhas e sem bermas, é realmente uma proeza.
Contado o motivo principal desta viagem e porque sem ele talvez ela não tivesse existido, vamos ao que mais interessa.
The Lake Disctrict: Home ou o distrito dos Lagos, é um parque nacional, repleto de lagos (cerca de onze), situado no condado de Cumbria, uma das regiões mais montanhosas (tem a maior montanha de Inglaterra – Scafell Pike) e com mais pluviosidade de Inglaterra. Situa-se junto à fronteira com a Escócia. O maior lago, e também o mais conhecido, é o Lago Windermere.
Maps of the Lake District
As paisagens, simultaneamente selvagens e pastoris (há um ovelha a espreitar-nos em cada canto, ou, como dizemos no Alentejo, atrás de cada moita
), são soberbas, deslumbrantes, e as atrações são inúmeras: montanhas, neve, lagos, caminhadas, desportos náuticos, passeios de barco, passeios de bicicleta, aldeias típicas, boa gastronomia, etc, etc.O parque natural tem excelentes condições em termos de alojamento e restauração, e as opções são muitas. Podemos também encontrar pequenos supermercados.
Deixo duas sugestões:
Home | Abbot Hall | Christian Guild Hotels, em Grandge-over-Sands. Recomendo os lodges, onde ficámos, são excelentes.
http://www.queensheadtroutbeck.co.uk/, em Troutbeck, muito bom! O restaurante era imperdível (na verdade esta região contraria o consenso geral no que respeita à gastronomia inglesa J). Digo era porque em junho de 2014 houve um incêndio e o Hotel/Restaurante, ficou muito danificado. Foi, entretanto, restaurado, espero que tenha mantido a qualidade.
O melhor percurso para chegar ao Lake District, a partir de Londres, é seguir por autroestrada que não tem portagens e é quase sempre a mesma, a M6. Passa por Birmingham, Manchester, Lancaster, etc.
A viagem é na verdade um pouco maçadora, porque as autoestradas inglesas têm um tráfego intensíssimo, de dia ou de noite, muitos, muitos camiões...
De dia faz-se muito bem, mas de noite, como fizemos no regresso, é bastante cansativo. Os meus filhos na viagem anterior foram de comboio e referem ser bastante mais confortável. Alugar carro tem a grande vantagem de dispormos do tempo à nossa vontade. De todos os lagos vimos apenas cinco e mesmo assim porque tínhamos carro, de contrário não seria possível. Há no entanto várias opções em termos de transporte: autocarro (transporte público), ferries e muitos sítios onde alugar bicicletas.
Nesta altura do ano, a conjugação das cores outonais com a água e os picos cobertos de neve, tornam a paisagem absolutamente notável e deslumbrante
. O poeta William Wordsworth descreveu o Lake District como ““o recanto com mais encanto que o ser humano já conheceu” ”!Apenas foi possível conhecer alguns dos lagos, mas contrariamente à previsão meteorológica (chuva para todos os dias) e para tudo ser perfeito, a natureza ofereceu-nos uns maravilhosos dias de sol, pelo que aproveitámos cada minuto de toda aquela beleza. Fizemos sobretudo longas caminhadas pelas montanhas (sempre com pick-nicks pelo meio, em lugares perfeitos) e passeios de carro pela região. Durante o dia, na montanha, o sol aquecia bastante, e os casacos por vezes dispensavam-se. Já quando anoitecia (por volta das 16, 30h é quase noite), o frio fazia sentir-se bastante mesmo nos vales, e pelas 17, 18h rondariam os 3º, 4º. Um agradável pub aguardava-nos em cada final de tarde. Era preciso repor energias.
Bowness- Lago Windermere
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