Brunam
Membro
Boa tarde,
A aventura que vos trago ocorreu no ano passado, quando uma viagem de trabalho me levou a conhecer Moçambique.
A referir que esta foi a minha primeira viagem a África, destino que sempre esteve no meu imaginário, tantas vezes devido às histórias que nos contam, do pôr-do-sol dos documentários, das paisagens dos filmes e das praias paradisíacas das agências de viagens.
Pois bem, tudo isso é verdade!!
É um país onde a lente de uma câmara fotográfica é demasiado pequena para conseguir captar o que por lá podemos ver.
Aterrei em Maputo depois de ter embarcado no Porto 30 horas antes.
É um rebuliço.
Tudo tem demasiada cor. Demasiado cheiro. E demasiadas pessoas!!
Fiquei uma semana em Maputo onde percebi as duas realidades tão diferentes que todos os dias andam por ali lado a lado: a pobreza extrema e a riqueza extrema.
Quanto à cidade de Maputo vale a pena passar na zona das embaixadas, da catedral e fazer uma caminhada a pé deste o Hotel Polana até ao porto pela avenida marginal. O mercado do peixe e o mercado municipal são dois locais onde a ida deve ser obrigatória e onde podemos contactar com as gentes desta cidade onde tudo é vendido e regateado. Quanto à famosa ilha dos portugueses, a cerca de 2h de barco do porto de Maputo, não tive oportunidade mas vou conhecer não tarda!
As pessoas são muito simpáticas e nutrem um grande respeito pelas pessoas estrangeiras que tanto por ali passam os dias seja a trabalho ou em lazer.
Depois de Maputo chegou a altura de regressar ao aeroporto agora para fazer voos internos....sozinha!
Viajei desde Maputo até Beira. Segunda maior cidade de Moçambique, aqui já bastante mais calma que Maputo rodeada de belas praias em todo o redor e com pessoas bem simpáticas. Fiquei 4 dias na Beira, onde as pessoas me arrebataram completamente! Pessoas simples, onde a vida tem outro compasso bastante mais lento e onde a comida sabe a mar. Fiz um pequeno passeio a pé pela cidade, em 2h conseguimos passar pelos pontos mais importantes, e onde podemos ver claramente os nossos traços portugueses, seja no nome das ruas, cafés ou casas que hoje apenas são habitadas por ervas daninhas e trepadeiras.
Ali está escrito muito de nós.
Deixo a dica visitarem o restaurante Miramar, mesmo na via marginal, onde as refeições são divinais e temperadas com música tradicional moçambicana.
Depois da Beira fui a Chimoio, onde me esperava um hospital em terra batida lotado de pessoas de todas as idades. Lá não há salas de espera. Esta espera faz-se aproveitando as sombras das árvores e o calor que emana da terra quente. Não há mesas de bloco nem de partos, pois estes acontecem mesmo no chão. Esta cidade encontra-se a 200km da Beira mas a viagem de carro dura 4 horas pois as estradas são muito más, são zonas de guerrilha nos dias de hoje devido ao panorama politico do país, e por vezes temos mesmo que sair da estrada e conduzir pela mata pois é mais seguro. Esta viagem terá sempre que ser feita com pessoas locais que conhecem bem a região. Felizmente correu tudo às mil maravilhas e a viagem revelou-se bastante importante para mim. Visitei um mercado tradicional onde pude tirar fotografias a um grupo de meninos que nunca tinham tirado uma fotografia e onde o meu lanche veio a ser uma maçaroca assada e cajus torrados, lanche este que me custou menos de 50 cêntimos.
No final da semana chegou a altura de voar desta vez até à cidade de Quelimane, província da Zambézia. Nesta cidade é muito difícil arranjar táxis convencionais pois estes serviços costumam ser assegurados por bicicletas! Consegui transporte de carro até ao centro da cidade onde ficaria hospedada e onde existe apenas dois hóteis. A minha visita aqui foi mais curta, mas a cidade também é pequeníssima e com um pequeno passeio a pé é possivel percorrer toda a cidade.
O próximo destino foi Xai-Xai e Inhambane a cerca de 200km de distância de Maputo.
Em Inhambane fiquei hospedada num hotel do centro e onde tive um jantar cubano delicioso. Após o trabalho finalizado no sábado à hora de almoço tinha até domingo à noite para conhecer aquela que se tornaria a cidade mais encantadora que já tinha conhecido. Visitei o mercado local, fui à única gelataria da cidade, assisti aos pescadores que tiram peixe bem cedo de manhã do rio e fui à praia do Tofo, que aconselho vivamente a quem gosta de fazer praia! Água quente e límpida, areia branca, palmeiras e um ambiente onde turistas, vendedores ambulantes e restaurantes de praia se misturam.
Foi um país que trouxe comigo. Uma viagem que faz crescer. E não tarde estarei de regresso àquele país que tem tão pouco, mas mesmo assim é tão rico.
Ficam aqui algumas fotos:
Boas viagens!
A aventura que vos trago ocorreu no ano passado, quando uma viagem de trabalho me levou a conhecer Moçambique.
A referir que esta foi a minha primeira viagem a África, destino que sempre esteve no meu imaginário, tantas vezes devido às histórias que nos contam, do pôr-do-sol dos documentários, das paisagens dos filmes e das praias paradisíacas das agências de viagens.
Pois bem, tudo isso é verdade!!
É um país onde a lente de uma câmara fotográfica é demasiado pequena para conseguir captar o que por lá podemos ver.
Aterrei em Maputo depois de ter embarcado no Porto 30 horas antes.
É um rebuliço.
Tudo tem demasiada cor. Demasiado cheiro. E demasiadas pessoas!!
Fiquei uma semana em Maputo onde percebi as duas realidades tão diferentes que todos os dias andam por ali lado a lado: a pobreza extrema e a riqueza extrema.
Quanto à cidade de Maputo vale a pena passar na zona das embaixadas, da catedral e fazer uma caminhada a pé deste o Hotel Polana até ao porto pela avenida marginal. O mercado do peixe e o mercado municipal são dois locais onde a ida deve ser obrigatória e onde podemos contactar com as gentes desta cidade onde tudo é vendido e regateado. Quanto à famosa ilha dos portugueses, a cerca de 2h de barco do porto de Maputo, não tive oportunidade mas vou conhecer não tarda!
As pessoas são muito simpáticas e nutrem um grande respeito pelas pessoas estrangeiras que tanto por ali passam os dias seja a trabalho ou em lazer.
Depois de Maputo chegou a altura de regressar ao aeroporto agora para fazer voos internos....sozinha!
Viajei desde Maputo até Beira. Segunda maior cidade de Moçambique, aqui já bastante mais calma que Maputo rodeada de belas praias em todo o redor e com pessoas bem simpáticas. Fiquei 4 dias na Beira, onde as pessoas me arrebataram completamente! Pessoas simples, onde a vida tem outro compasso bastante mais lento e onde a comida sabe a mar. Fiz um pequeno passeio a pé pela cidade, em 2h conseguimos passar pelos pontos mais importantes, e onde podemos ver claramente os nossos traços portugueses, seja no nome das ruas, cafés ou casas que hoje apenas são habitadas por ervas daninhas e trepadeiras.
Ali está escrito muito de nós.
Deixo a dica visitarem o restaurante Miramar, mesmo na via marginal, onde as refeições são divinais e temperadas com música tradicional moçambicana.
Depois da Beira fui a Chimoio, onde me esperava um hospital em terra batida lotado de pessoas de todas as idades. Lá não há salas de espera. Esta espera faz-se aproveitando as sombras das árvores e o calor que emana da terra quente. Não há mesas de bloco nem de partos, pois estes acontecem mesmo no chão. Esta cidade encontra-se a 200km da Beira mas a viagem de carro dura 4 horas pois as estradas são muito más, são zonas de guerrilha nos dias de hoje devido ao panorama politico do país, e por vezes temos mesmo que sair da estrada e conduzir pela mata pois é mais seguro. Esta viagem terá sempre que ser feita com pessoas locais que conhecem bem a região. Felizmente correu tudo às mil maravilhas e a viagem revelou-se bastante importante para mim. Visitei um mercado tradicional onde pude tirar fotografias a um grupo de meninos que nunca tinham tirado uma fotografia e onde o meu lanche veio a ser uma maçaroca assada e cajus torrados, lanche este que me custou menos de 50 cêntimos.
No final da semana chegou a altura de voar desta vez até à cidade de Quelimane, província da Zambézia. Nesta cidade é muito difícil arranjar táxis convencionais pois estes serviços costumam ser assegurados por bicicletas! Consegui transporte de carro até ao centro da cidade onde ficaria hospedada e onde existe apenas dois hóteis. A minha visita aqui foi mais curta, mas a cidade também é pequeníssima e com um pequeno passeio a pé é possivel percorrer toda a cidade.
O próximo destino foi Xai-Xai e Inhambane a cerca de 200km de distância de Maputo.
Em Inhambane fiquei hospedada num hotel do centro e onde tive um jantar cubano delicioso. Após o trabalho finalizado no sábado à hora de almoço tinha até domingo à noite para conhecer aquela que se tornaria a cidade mais encantadora que já tinha conhecido. Visitei o mercado local, fui à única gelataria da cidade, assisti aos pescadores que tiram peixe bem cedo de manhã do rio e fui à praia do Tofo, que aconselho vivamente a quem gosta de fazer praia! Água quente e límpida, areia branca, palmeiras e um ambiente onde turistas, vendedores ambulantes e restaurantes de praia se misturam.
Foi um país que trouxe comigo. Uma viagem que faz crescer. E não tarde estarei de regresso àquele país que tem tão pouco, mas mesmo assim é tão rico.
Ficam aqui algumas fotos:
Boas viagens!
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