O objectivo
Começo por este assunto porque penso que muitas vezes a forma como nós vemos cada país que visitamos é influenciada pelo motivo que nos levou lá.
Eu fui parar às Maurícias como ponto de passagem para o meu destino seleccionado para estas férias…Ilha da Reunião. A paragem nas Maurícias teve como principal atractivo o facto de reduzir o preço do avião e assim podia fazer uns dias de praia e descansar antes de me fazer à aventura.
O voo
A companhia aérea escolhida foi a Air France e não posso dizer que fico com saudades quer dos voos quer dos aeroportos franceses. As tripulações foram todas de uma antipatia e arrogância tipicamente associada aos franceses (se calhar é mesmo verdade), o espaço para as pernas no voo de longo curso é quase inexistente e a selecção de vídeos bastante limitada. Quanto ao Aeroporto Charles de Gaulle acho que é bastante desconfortável e o espaço minúsculo que existe para as filas do embarque origina um amontoado de gente em vez de uma fila.
A chegada
Os procedimentos de chegada são muito simples. Preencher dois impressos, um para a imigração e outro para o departamento saúde (não espirrem nem tosam à frente destes senhores ). Vários guichets por isso é tudo muito rápido… esperem… apanhei uns anormais de uns franceses que foram para a fila enquanto o filho ia à casa de banho. Conclusão: 15 minutos à espera do puto e os outros que se aguentem.
Ainda no aeroporto saltam à vista as influências indianas. Diversas casas de câmbio onde os senhores quase que nos vêm buscar para ir trocar dinheiro.
A Ilha e o povo
A ilha está dividida em 4.
Norte onde existe mais turismo (mas poucos resorts) sobretudo na zona da Grand Baie e Pereybere, muita oferta de restaurantes, praias (normalmente não muito grandes) com mar bastante calmo uma vez que estão protegidas por uma barreira de corais. Existem diversas ilhas para visitar de barco. O norte é o melhor destino para quem não pretende ficar em resorts uma vez que tem maior oferta de serviços.
Oeste onde se encontram parte dos empreendimentos turísticos sobretudo na zona de Flic en Flac cuja praia tem 6 km de extensão. Nesta zona o mar é espectacular mas devido à grande concentração de resorts é difícil encontrar infra estruturas diferentes (escassez de restaurantes).
Sul onde a principal atracção é a praia de Le Morne. Aqui só dá mesmo resorts. Penso que não existe nenhum restaurante na praia de Le Morne se bem que a praia (sobretudo vista de cima) é de cair o queixo.
Este, para mim a zona mais bonita, faz lembrar algumas imagens da Polinésia Francesa. Apesar de aqui estarem os hotéis mais luxuosos da ilha (destaque para o Four Seasons) existem diversas alternativas para quem não quer ficar em resorts. Problema: sendo a zona mais ventosa e menos protegida pelos corais só é aconselhável no verão. No entanto, mesmo que não fiquem alojados aqui vale bem a pena um passeio de barco.
Um dos aspectos mais interessantes das Mauricias é o seu povo e a sua cultura. O povo é uma mistura de indianos, muçulmanos, chineses e ocidentais (onde obviamente o ingles e francês é o mais marcante uma vez que foram os seus colonizadores) mas acaba por ter uma característica muito própria. São um povo bastante disciplinado e tolerante, na mesma rua é possível encontrar templos/igrejas de todas as religiões e todos vivem em paz.
Dizem que o povo é simpático mas a minha opinião é que são diplomaticamente afáveis. Não me pareceu um povo genuinamente simpática mas sim um povo cordial que aprendeu (muito) bem a receber os turistas.
O trânsito
Depois das minhas viagens anteriores a África até me assustei. As estradas são todas alcatroadas, as pessoas conduzem mesmo na estrada e toda a gente respeita os limites de velocidade…que grande seca.
O Alojamento
Quando se fala das Mauricias vem logo à cabeça os resorts de luxo com condições soberbas e praias espectaculares. Apesar de não ser grande fã deste tipo de alojamento mas como pretendia fazer praia lá andei a ver os resorts…conclusão: não aparentam ser assim tão bons como eles tentam vender e os preços são de fugir. Voltei à minha opção preferida e optei por ficar no Grand Bay Suites que é um complexo de 24 apartamentos sem grandes confusões e pelo preço de 540€/6 noites só alojamento.
Os apartamentos são enormes e estão em bom estado. Ficam mesmo ao lado de um supermercado e de uma paragem de autocarro. A cerca de 5 minutos a pé fica a praia La Cuvette, pequena mas bastante agradável (acabou mesmo por ser a nossa praia preferida) e a 10 do centro da Grand Baie. Apesar de termos gostado a questão da limpeza tem de ser melhorada, como os apartamentos são grandes alguns cantos ficam esquecidos e também não ficámos com a certeza se a loiça era devidamente lavada.
A comida
Grande desilusão. Ocasionalmente comi alguma coisa interessante mas a regra é … caro e desinteressante. Como positivo destaco o almoço numa tasca à beira da estrada que custou 2,5€ onde comi o melhor molho picante da minha vida e o peixe que comprei na praia e fiz em casa.
Como negativo destaco as sobremesas, o marisco (fujam disto, é caro, seco, mal confeccionado. O marisco que se come em Sesimbra e na Ericeira é 10x melhor) e um restaurante local muito famoso (Chez ram- coolen) que em tempos não era frequentado por turistas e aparentemente era muito bom mas cuja fama e os turistas deram cabo daquilo.
Devo salientar que mesmo no supermercado as coisas são muito caras.
As praias
As melhores praias estão situadas a norte (zona de Grand Baie) e a oeste (zona de Flic en Flac). No sul destaque para Le Morne mas mais ventoso (local preferido pelos praticante de Kitesuf) no Este destaco Belle Mare mas aqui o melhor é virem só no verão.
Não existe o conceito de praias privadas mas é difícil chegar a pé às praias dos resorts pelo que fiquei pelas praias públicas que apesar de estarem sempre cheias são bastante tranquilas e seguras.
Por do sol em La Cuvette
Le Morne
Grand Baie
Flic en Flac
Mont Choisy
Começo por este assunto porque penso que muitas vezes a forma como nós vemos cada país que visitamos é influenciada pelo motivo que nos levou lá.
Eu fui parar às Maurícias como ponto de passagem para o meu destino seleccionado para estas férias…Ilha da Reunião. A paragem nas Maurícias teve como principal atractivo o facto de reduzir o preço do avião e assim podia fazer uns dias de praia e descansar antes de me fazer à aventura.
O voo
A companhia aérea escolhida foi a Air France e não posso dizer que fico com saudades quer dos voos quer dos aeroportos franceses. As tripulações foram todas de uma antipatia e arrogância tipicamente associada aos franceses (se calhar é mesmo verdade), o espaço para as pernas no voo de longo curso é quase inexistente e a selecção de vídeos bastante limitada. Quanto ao Aeroporto Charles de Gaulle acho que é bastante desconfortável e o espaço minúsculo que existe para as filas do embarque origina um amontoado de gente em vez de uma fila.
A chegada
Os procedimentos de chegada são muito simples. Preencher dois impressos, um para a imigração e outro para o departamento saúde (não espirrem nem tosam à frente destes senhores ). Vários guichets por isso é tudo muito rápido… esperem… apanhei uns anormais de uns franceses que foram para a fila enquanto o filho ia à casa de banho. Conclusão: 15 minutos à espera do puto e os outros que se aguentem.
Ainda no aeroporto saltam à vista as influências indianas. Diversas casas de câmbio onde os senhores quase que nos vêm buscar para ir trocar dinheiro.
A Ilha e o povo
A ilha está dividida em 4.
Norte onde existe mais turismo (mas poucos resorts) sobretudo na zona da Grand Baie e Pereybere, muita oferta de restaurantes, praias (normalmente não muito grandes) com mar bastante calmo uma vez que estão protegidas por uma barreira de corais. Existem diversas ilhas para visitar de barco. O norte é o melhor destino para quem não pretende ficar em resorts uma vez que tem maior oferta de serviços.
Oeste onde se encontram parte dos empreendimentos turísticos sobretudo na zona de Flic en Flac cuja praia tem 6 km de extensão. Nesta zona o mar é espectacular mas devido à grande concentração de resorts é difícil encontrar infra estruturas diferentes (escassez de restaurantes).
Sul onde a principal atracção é a praia de Le Morne. Aqui só dá mesmo resorts. Penso que não existe nenhum restaurante na praia de Le Morne se bem que a praia (sobretudo vista de cima) é de cair o queixo.
Este, para mim a zona mais bonita, faz lembrar algumas imagens da Polinésia Francesa. Apesar de aqui estarem os hotéis mais luxuosos da ilha (destaque para o Four Seasons) existem diversas alternativas para quem não quer ficar em resorts. Problema: sendo a zona mais ventosa e menos protegida pelos corais só é aconselhável no verão. No entanto, mesmo que não fiquem alojados aqui vale bem a pena um passeio de barco.
Um dos aspectos mais interessantes das Mauricias é o seu povo e a sua cultura. O povo é uma mistura de indianos, muçulmanos, chineses e ocidentais (onde obviamente o ingles e francês é o mais marcante uma vez que foram os seus colonizadores) mas acaba por ter uma característica muito própria. São um povo bastante disciplinado e tolerante, na mesma rua é possível encontrar templos/igrejas de todas as religiões e todos vivem em paz.
Dizem que o povo é simpático mas a minha opinião é que são diplomaticamente afáveis. Não me pareceu um povo genuinamente simpática mas sim um povo cordial que aprendeu (muito) bem a receber os turistas.
O trânsito
Depois das minhas viagens anteriores a África até me assustei. As estradas são todas alcatroadas, as pessoas conduzem mesmo na estrada e toda a gente respeita os limites de velocidade…que grande seca.
O Alojamento
Quando se fala das Mauricias vem logo à cabeça os resorts de luxo com condições soberbas e praias espectaculares. Apesar de não ser grande fã deste tipo de alojamento mas como pretendia fazer praia lá andei a ver os resorts…conclusão: não aparentam ser assim tão bons como eles tentam vender e os preços são de fugir. Voltei à minha opção preferida e optei por ficar no Grand Bay Suites que é um complexo de 24 apartamentos sem grandes confusões e pelo preço de 540€/6 noites só alojamento.
Os apartamentos são enormes e estão em bom estado. Ficam mesmo ao lado de um supermercado e de uma paragem de autocarro. A cerca de 5 minutos a pé fica a praia La Cuvette, pequena mas bastante agradável (acabou mesmo por ser a nossa praia preferida) e a 10 do centro da Grand Baie. Apesar de termos gostado a questão da limpeza tem de ser melhorada, como os apartamentos são grandes alguns cantos ficam esquecidos e também não ficámos com a certeza se a loiça era devidamente lavada.
A comida
Grande desilusão. Ocasionalmente comi alguma coisa interessante mas a regra é … caro e desinteressante. Como positivo destaco o almoço numa tasca à beira da estrada que custou 2,5€ onde comi o melhor molho picante da minha vida e o peixe que comprei na praia e fiz em casa.
Como negativo destaco as sobremesas, o marisco (fujam disto, é caro, seco, mal confeccionado. O marisco que se come em Sesimbra e na Ericeira é 10x melhor) e um restaurante local muito famoso (Chez ram- coolen) que em tempos não era frequentado por turistas e aparentemente era muito bom mas cuja fama e os turistas deram cabo daquilo.
Devo salientar que mesmo no supermercado as coisas são muito caras.
As praias
As melhores praias estão situadas a norte (zona de Grand Baie) e a oeste (zona de Flic en Flac). No sul destaque para Le Morne mas mais ventoso (local preferido pelos praticante de Kitesuf) no Este destaco Belle Mare mas aqui o melhor é virem só no verão.
Não existe o conceito de praias privadas mas é difícil chegar a pé às praias dos resorts pelo que fiquei pelas praias públicas que apesar de estarem sempre cheias são bastante tranquilas e seguras.
Por do sol em La Cuvette
Le Morne
Grand Baie
Flic en Flac
Mont Choisy