rmonteiro
Membro Conhecido
Boas tardes. Com algum atraso, venho partilhar a minha experiência pelo Egipto! Outro sonho antigo tornado agora realidade !
A Viagem realizou-se entre 13 Fevereiro e 26 Fevereiro.
A preparação foi muito pouca. Três semanas antes da partida marquei o voo. Marquei 2 noites num hostel no Cairo e nada mais. Através de alguns reports já tinha recolhido algumas informações, portanto tinha uma ideia do que pretendia fazer.
Optei mais uma vez pelo seguro da Intermundial, felizmente não foi preciso.
A moeda é a Libra Egípcia. 1€ ronda as 22L. O inverno pouco ou nada rigoroso, andei sempre de calção e t-shirt. Não comprei cartão SIM, mas julgo que não chegava às 200L com 8GB de dados. Preferi andar offline maior parte do tempo. Tinha feito download das áreas offline do Google Maps das cidades onde pretendia ir. Os estudantes com cartão internacional pagam metade do valor nas entradas dos museus e afins. (não era o meu caso)
Existe polícia e check-points em vários locais. Os bancos e as estações de metro/comboio tem polícia 24h. No meu segundo dia por lá, o Exército egípcio tinha morto 17 terroristas na zona de Sinai (o acesso a esta zona estava interdito a todos).
O voo direto pela TAP rondava os 600€, no site da Lufthansa consegui por 350€. Voo Lisboa-Munique foi operado pela TAP e Munique-Cairo pela Egiptair. No regresso seria operado pela Swiss com escala em Zurique. A diferença de valores sem dúvida que falou mais alto. Relativamente ao visto fiz o e-visa, modalidade que começou desde Janeiro. Mas ainda era possível obter visto à entrada.
O voo TAP entre Lisboa e Munique teve um atraso de 1h30 a escala seria de 2h15, mas correu tudo bem. As minhas experiências com a TAP continuam a não ser as melhores (não tendo nada a apontar aos excelentes profissionais de cabine). De seguida o Boeing 777 da Egiptair, com sistema individual de entretenimento, gostei bastante do serviço prestado.
Chegada ao Cairo, controlo passaporte, recolher a mochila e ser bombardeado por taxistas. Meu limite era 10 usd e nada mais e assim foi. Trânsito no Cairo é algo inesquecível e a maneira deles conduzirem Tinha reserva no My Hotel Hostel , fica mesmo em frente ao Museu do Egipto, na downtown. Recomendo a 200%, tem quartos partilhados e privados. Curiosamente partilhei o quarto com um Português que até mora perto de mim. No Cairo são loucos pelo treinador Manuel José, devido ao sucesso que teve ao treinar o Al-Ahly.
Manhã seguinte depois do pequeno almoço fui à estação de autocarros para apanhar um até Giza. Assim foi, era o único turista o preço foi 1,5L e aquilo era uma loucura, sempre a andar, apenas abrandava para os passageiros entrarem e saírem. Chegando a Giza apanhei uma das dezenas de mini-vans que percorrem as grandes avenidas, por 2L. Uma caminhada até à entrada do recinto, onde troquei dinheiro no Marriot mesmo junto à entrada e ao novo Museu do Egipto que está em construção. Já levava alguns snacks e água na mochila.
O bilhete para o exterior é 120L e para entrada na grande Pirâmide 300L. Podem comprar um por 400L que permite ver tudo e fica mais em conta.
Eu estava completamente doido por estar finalmente ali. UAU !!
Depois começam alguns a querer que compre isto ou aquilo ou com aqueles esquemas que trabalham ali não me querem enganar etc etc sempre a mesma lengalenga.. e eu apenas queria ficar sossegado uns minutos a apreciar o que tinha diante de mim
Com os camelos é a mesma coisa, sempre a perguntar e isto e aquilo. Tinha intenção de andar, mas teria de ser por um preço que me agradasse. A grande pirâmide fecha das 12 às 13h e fiquei com intenção de entrar depois das 13h. Portanto estive cerca de 3 horas a passear à volta das pirâmides.
Aproveitei para andar de camelo, o valor pelo qual aceitei foi 75L. Nesta volta eles levam-nos até um local com uma excelente vista para as Pirâmides, que eles chamam panorama.
Não se pode levar máquinas para dentro da pirâmide, a polícia fica com elas na entrada. O telemóvel é permitido entrar, mas é proibido fotografar.
O caminho não é nada fácil para chegar à sala dentro da pirâmide. Demasiado a pique e apertado, e o de regresso é o mesmo caminho, ou seja se já é difícil ir, com outras pessoas a voltar ainda mais complicado fica. Chegando à sala apenas está vazia, o que desilude muitas pessoas. Eu estava irradiante de estar lá dentro.
Claro que tirei fotos com o telemóvel pelo caminho.
Continuei mais um par de horas por ali e decidi regressar para almoçar pois já eram 15h e na grande avenida onde circulam as Vans, existe um McDonalds, onde os preços são bastante agradáveis e de seguida experimentar o metro até downtown. O metro tem o custo de 2L, completamente a abarrotar !
Andei pelas redondezas, na Qasr al Nil-Bridge, onde se encontram vários locais e turistas a tirar fotos, também em frente ao Museu do Egipto e claro a Tahrir Square. Depois foi altura de me juntar a uma malta no Hostel e ainda acabamos por ir à Cairo Tower. Tinha intenção de subir ao final da tarde e ver assim de dia e noite, mas acabei por ir com eles à noite, o preço é 180L.
Regra geral no Cairo ninguém me passava cartão na rua, os poucos que nos querem abordar para tentar vender serviço de táxi ou ir a uma loja, usam a táctica de se aproximar de nós ao atravessar e dizem para ter cuidado e tal. Pelo menos uns 4 usaram esta táctica comigo.
Na manhã seguinte, atravessei a rua (saudades de atravessar aquelas ruas) e estava no museu do Egipto. Existem por lá guias que oferecem os seus serviços para vos acompanhar na visita. Preço dos bilhetes: Museu 150L, sala das Múmias 100L e para tirar fotos: 50L. Na sala das múmias não é permitido tirar fotografias, assim como na sala do Tutankhamon.
Sou um bocado esquisito no que toca a Museus, mas neste fiquei 3 horas lá dentro e gostei imenso. Não preciso de muitas palavras, toda a história da civilização fala por si, portanto este Museu é ponto obrigatório !
Após almoçar pela zona decidi ir até à Opera House onde ainda lanchei numa esplanada que era evidente não ser para todos os Egípcios, mas os preços eram bastante atractivos e o serviço também. Não pretendia fazer muito mais, pois à noite iria apanhar o comboio para Luxor, deixando o resto do Cairo para outra semana.
Claro que muitas refeições foram à base de Falafel e shawarma. Era impossível resistir, então aquelas feitas nos restaurantes menos turísticos e com menos condições de higiene importante era não ver, pois os olhos também comem.
O governo quer que os turistas viajem para sul nos Sleeper Trains com valores a rondar os 75 usd. Se forem à estação comprar um bilhete o mais provável é que apenas vos seja vendido esse bilhete. Claro que existem formas de contornar a situação: Comprar online, ir para o comboio e esperar pelo revisor e pagar a ele o bilhete(é preciso ter atenção se for Sleeper Train o revisor obriga a ir para as camas e ter de pagar o respectivo bilhete) ou pedir a um Egípcio que o compre a vocês, mediante um valor extra, claro!
Utilizei a opção de pedir a alguém para me arranjar um bilhete, tratei disso no hostel. Por menos de 15 usd fiz a festa. A estação do Cairo pode ser um pouco confusa.
Às 22h chegava o comboio, fiquei com a sensação que a segunda classe é melhor que a primeira. Apesar de ir cheio, não vi muitos turistas, os revisores volta e meia aparecem assim como um senhor a vender comes e bebes.
Os locais ficam sempre contentes e perguntavam para onde ia etc etc... achei um povo muito amigável.
O comboio ia tão cheio que ia um rapaz deitado por cima, onde se colocam as malas . Era suposto chegar às 7h da manhã a Luxor, mas houve uns problemas com o motor e tivemos um atraso de 2h30m.
A Viagem realizou-se entre 13 Fevereiro e 26 Fevereiro.
A preparação foi muito pouca. Três semanas antes da partida marquei o voo. Marquei 2 noites num hostel no Cairo e nada mais. Através de alguns reports já tinha recolhido algumas informações, portanto tinha uma ideia do que pretendia fazer.
Optei mais uma vez pelo seguro da Intermundial, felizmente não foi preciso.
A moeda é a Libra Egípcia. 1€ ronda as 22L. O inverno pouco ou nada rigoroso, andei sempre de calção e t-shirt. Não comprei cartão SIM, mas julgo que não chegava às 200L com 8GB de dados. Preferi andar offline maior parte do tempo. Tinha feito download das áreas offline do Google Maps das cidades onde pretendia ir. Os estudantes com cartão internacional pagam metade do valor nas entradas dos museus e afins. (não era o meu caso)
Existe polícia e check-points em vários locais. Os bancos e as estações de metro/comboio tem polícia 24h. No meu segundo dia por lá, o Exército egípcio tinha morto 17 terroristas na zona de Sinai (o acesso a esta zona estava interdito a todos).
O voo direto pela TAP rondava os 600€, no site da Lufthansa consegui por 350€. Voo Lisboa-Munique foi operado pela TAP e Munique-Cairo pela Egiptair. No regresso seria operado pela Swiss com escala em Zurique. A diferença de valores sem dúvida que falou mais alto. Relativamente ao visto fiz o e-visa, modalidade que começou desde Janeiro. Mas ainda era possível obter visto à entrada.
O voo TAP entre Lisboa e Munique teve um atraso de 1h30 a escala seria de 2h15, mas correu tudo bem. As minhas experiências com a TAP continuam a não ser as melhores (não tendo nada a apontar aos excelentes profissionais de cabine). De seguida o Boeing 777 da Egiptair, com sistema individual de entretenimento, gostei bastante do serviço prestado.
Chegada ao Cairo, controlo passaporte, recolher a mochila e ser bombardeado por taxistas. Meu limite era 10 usd e nada mais e assim foi. Trânsito no Cairo é algo inesquecível e a maneira deles conduzirem Tinha reserva no My Hotel Hostel , fica mesmo em frente ao Museu do Egipto, na downtown. Recomendo a 200%, tem quartos partilhados e privados. Curiosamente partilhei o quarto com um Português que até mora perto de mim. No Cairo são loucos pelo treinador Manuel José, devido ao sucesso que teve ao treinar o Al-Ahly.
Manhã seguinte depois do pequeno almoço fui à estação de autocarros para apanhar um até Giza. Assim foi, era o único turista o preço foi 1,5L e aquilo era uma loucura, sempre a andar, apenas abrandava para os passageiros entrarem e saírem. Chegando a Giza apanhei uma das dezenas de mini-vans que percorrem as grandes avenidas, por 2L. Uma caminhada até à entrada do recinto, onde troquei dinheiro no Marriot mesmo junto à entrada e ao novo Museu do Egipto que está em construção. Já levava alguns snacks e água na mochila.
O bilhete para o exterior é 120L e para entrada na grande Pirâmide 300L. Podem comprar um por 400L que permite ver tudo e fica mais em conta.
Eu estava completamente doido por estar finalmente ali. UAU !!
Depois começam alguns a querer que compre isto ou aquilo ou com aqueles esquemas que trabalham ali não me querem enganar etc etc sempre a mesma lengalenga.. e eu apenas queria ficar sossegado uns minutos a apreciar o que tinha diante de mim
Com os camelos é a mesma coisa, sempre a perguntar e isto e aquilo. Tinha intenção de andar, mas teria de ser por um preço que me agradasse. A grande pirâmide fecha das 12 às 13h e fiquei com intenção de entrar depois das 13h. Portanto estive cerca de 3 horas a passear à volta das pirâmides.
Aproveitei para andar de camelo, o valor pelo qual aceitei foi 75L. Nesta volta eles levam-nos até um local com uma excelente vista para as Pirâmides, que eles chamam panorama.
Não se pode levar máquinas para dentro da pirâmide, a polícia fica com elas na entrada. O telemóvel é permitido entrar, mas é proibido fotografar.
O caminho não é nada fácil para chegar à sala dentro da pirâmide. Demasiado a pique e apertado, e o de regresso é o mesmo caminho, ou seja se já é difícil ir, com outras pessoas a voltar ainda mais complicado fica. Chegando à sala apenas está vazia, o que desilude muitas pessoas. Eu estava irradiante de estar lá dentro.
Claro que tirei fotos com o telemóvel pelo caminho.
Continuei mais um par de horas por ali e decidi regressar para almoçar pois já eram 15h e na grande avenida onde circulam as Vans, existe um McDonalds, onde os preços são bastante agradáveis e de seguida experimentar o metro até downtown. O metro tem o custo de 2L, completamente a abarrotar !
Andei pelas redondezas, na Qasr al Nil-Bridge, onde se encontram vários locais e turistas a tirar fotos, também em frente ao Museu do Egipto e claro a Tahrir Square. Depois foi altura de me juntar a uma malta no Hostel e ainda acabamos por ir à Cairo Tower. Tinha intenção de subir ao final da tarde e ver assim de dia e noite, mas acabei por ir com eles à noite, o preço é 180L.
Regra geral no Cairo ninguém me passava cartão na rua, os poucos que nos querem abordar para tentar vender serviço de táxi ou ir a uma loja, usam a táctica de se aproximar de nós ao atravessar e dizem para ter cuidado e tal. Pelo menos uns 4 usaram esta táctica comigo.
Na manhã seguinte, atravessei a rua (saudades de atravessar aquelas ruas) e estava no museu do Egipto. Existem por lá guias que oferecem os seus serviços para vos acompanhar na visita. Preço dos bilhetes: Museu 150L, sala das Múmias 100L e para tirar fotos: 50L. Na sala das múmias não é permitido tirar fotografias, assim como na sala do Tutankhamon.
Sou um bocado esquisito no que toca a Museus, mas neste fiquei 3 horas lá dentro e gostei imenso. Não preciso de muitas palavras, toda a história da civilização fala por si, portanto este Museu é ponto obrigatório !
Após almoçar pela zona decidi ir até à Opera House onde ainda lanchei numa esplanada que era evidente não ser para todos os Egípcios, mas os preços eram bastante atractivos e o serviço também. Não pretendia fazer muito mais, pois à noite iria apanhar o comboio para Luxor, deixando o resto do Cairo para outra semana.
Claro que muitas refeições foram à base de Falafel e shawarma. Era impossível resistir, então aquelas feitas nos restaurantes menos turísticos e com menos condições de higiene importante era não ver, pois os olhos também comem.
O governo quer que os turistas viajem para sul nos Sleeper Trains com valores a rondar os 75 usd. Se forem à estação comprar um bilhete o mais provável é que apenas vos seja vendido esse bilhete. Claro que existem formas de contornar a situação: Comprar online, ir para o comboio e esperar pelo revisor e pagar a ele o bilhete(é preciso ter atenção se for Sleeper Train o revisor obriga a ir para as camas e ter de pagar o respectivo bilhete) ou pedir a um Egípcio que o compre a vocês, mediante um valor extra, claro!
Utilizei a opção de pedir a alguém para me arranjar um bilhete, tratei disso no hostel. Por menos de 15 usd fiz a festa. A estação do Cairo pode ser um pouco confusa.
Às 22h chegava o comboio, fiquei com a sensação que a segunda classe é melhor que a primeira. Apesar de ir cheio, não vi muitos turistas, os revisores volta e meia aparecem assim como um senhor a vender comes e bebes.
Os locais ficam sempre contentes e perguntavam para onde ia etc etc... achei um povo muito amigável.
O comboio ia tão cheio que ia um rapaz deitado por cima, onde se colocam as malas . Era suposto chegar às 7h da manhã a Luxor, mas houve uns problemas com o motor e tivemos um atraso de 2h30m.
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