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Este é o meu report sobre uma viagem relâmpago que fiz a Berlim (uma city break, vá...), com a minha pipoca, em finais de Janeiro de 2015. Fomos numa sexta-feira de manhã e voltamos na segunda-feira de manhã.
Berlim foi uma cidade que sempre foi preterida em relação a outras cidades e locais, quer pelos elevados preços dos voos para aquela cidade (especialmente a Easyjet que faz Lisboa-Berlim), quer pelo alto nível de vida que se tem na Alemanha. No entanto, é claro que era uma cidade que gostaríamos de visitar...
É provavelmente a cidade, a nível mundial, que melhor retrata a história do séc. XX, pois dentro dela se viveu as duas Grandes Guerras, principalmente a 2ª, a Guerra Fria ainda bem marcada na cidade, a queda do Bloco de Leste, a Unificação Alemã, e a convivência europeia no seio da UE.
Voos: Lisboa-Hamburgo-Lisboa, pela Ryanair. 96,00€ i/V para os dois...
Bus: Hamburgo-Berlim-Hamburgo, pela Berlinerlinienbus. Como comprei pela net, com alguma antecedência, foram 9,00€ por cada passageiro/trajecto. Total 36,00€. O problema é que levando mala paga-se uma taxa de 1,00€ por mala/trajecto. Mas mesmo assim foram 40,00€ no total, o que é excelente...
A viagem são de 3 horas e pouco, em Autopullmans novos, confortáveis, com wc, e wi-fi.
Hotel em Berlim: Titanic Mitte Berlim. 108,00€ pelas duas noites sem PA, reservado antecipadamente pelo Booking. Um hotel recente, com todas as excelentes condições. Os quartos são reduzidos, mas super confortáveis. O pequeno-almoço eram 12,00€ por pessoa/dia, o que riscamos. Muito bem centralizado.
Hotel em Hamburgo: Eden by Centro Hamburg. Foi 46,00€ com PA. Um hotel antigo, desde o edifício, à mobília, e à casa-de-banho. Mas tinha algumas vantagens: super limpo, barato, com um Senhor pequeno-almoço, mas principalmente era super bem localizado, pois ficava muito perto da Central de Autocarros de onde chegávamos às 22:00 e tal da noite, e em frente à Estação onde apanhávamos o comboio para o aeroporto no dia seguinte.
Por burrice nossa, apenas usamos Hamburgo para fazer "escala", digamos assim, o que nos fez arrepender. Valeria a pena termos ficado mais um dia e conhecermos a cidade que nos pareceu bonita. Fica para a próxima...
Reservas antecipadas: Visita à cúpula do Reichtag/Bundestag marcada pela internet, marcado para as 15:00 de sábado.
1º Dia em Berlim:
Dado que chegamos já de noite a Berlim (começa a anoitecer às 16:00), foi só o tempo de fazer check-in no hotel, e sair para reconhecimento da cidade, dado que ainda tínhamos dois dias inteiros para a visitar. Batemos, já de noite, e ao frio, os principais locais da cidade, para voltarmos no dia seguinte com calma.
Jantamos na Alexanderplatz uma Berliner Currywurst, uma especialidade local, que não é mais do que uma salsicha gigante com ketchup e caril em pó por cima. Era acompanhada de pão francês e salada de batata. E claro, uma bela cerveja de meio litro...
2º Dia:
Ao acordar, e ao espreitar pela janela, a primeira grande animação (ou desilusão), que foi o de vermos tudo branquinho, com uma bela camada de neve... :brr:
Mas bem agasalhados, lá saímos, tomamos o pequeno-almoço numa padaria/pastelaria, e fomos para a Porta de Brandenburgo, onde iríamos fazer um Free Tour em espanhol.
Lá fizemos o Free Tour, batendo os principais locais da cidade de Berlim. Apesar dos 0 ºC que estavam na rua, valeu a pena...
Como tínhamos a reserva feita para visitar a Cúpula do Reichstag, lá seguimos à hora marcada. No entanto, e conforme está descrito na página da reserva que recebes por e-mail, a visita pode ser desmarcada por vários motivos, e um deles, era o mau tempo. Foi precisamente isso que aconteceu. Devido à neve, a cúpula estava encerrada naquele dia. Sugeriram-nos voltar no domingo e marcar na hora.
Seguimos para East Side Gallery, um troço do Muro que está carregado de expressões artísticas. Como já era de noite, e tínhamos a perspectiva de voltar no dia seguinte, não tiramos muitas fotos...
À noite partimos para a zona dos bares em Berlim, que se estende por uma grande área a norte e nascente da Alexanderplatz. Passamos por um restaurante português, que tinha caldo verde a 4,00€, e lá acabamos por entrar no primeiro que nos apareceu assim que começou a cair a neve. Um tiro de sorte, para tinha música jazz ao vivo e cerveja barata...
3º Dia:
Acordamos com a cidade praticamente limpa de neve, e o céu mais aberto, mais solarengo, apesar das temperaturas se manterem nos 0~1 ºC...
Pensamos em ir a Postdam, mas dado que pouco tínhamos aproveitado a cidade no dia anterior por causa da neve, achamos melhor conhecê-la melhor... Afinal de contas, temos de deixar algo por ver, para termos motivo para voltar, não é verdade? :angel:
Esta igreja foi destruída na II Grande Guerra e deixava assim para memória futura.
O Tiergarten é um grande parque urbano, bem no centro da cidade de Berlim. Apesar da maioria da neve ter desaparecido, ainda estava um frio pouco incomodativo para se andar a passear num parque...
Conforme sugerido, neste dia voltamos ao Reichstag para visitar a Cúpula. Depois de meia-hora na fila das reservas, acabamos por desistir da ideia, pois conforme se vai estando na fila, vê-se um monitor com as vagas livres por hora para aquele dia e seguintes. E como vimos que poucas vagas restavam para o próprio dia, desistimos.
Na verdade o nome completo é "Memorial às Vítimas Europeias Judias do Holocausto", pois ao longo da cidade existe outras memoriais dedicados aos restantes perseguidos, como os ciganos, homossexuais, deficientes, etc.
Esta avenida estava desde a Porta de Brandemburgo até a Alexanderplatz em obras, pois estão a construir uma linha de Metro sob ela...
Decidimos subir à Torre de TV e aproveitar o bom tempo para ver as vistas. Mas parece que não fomos os únicos a pensar assim, e encontramos filas gigantes, o que nos fez desistir da ideia. Mais um motivo para voltarmos...
A RDA:
Apesar da queda do muro de Berlim e a Unificação Alemã terem sido há 25 anos, ainda subsistem alguns símbolos da RDA na cidade. Para além da Torre de TV, Um deles é o Ampelmann, que mais não é do que o homenzinho dos semáforos que existia na Berlim Oriental, que se tornou num dos símbolos de Berlim e numa marca de Marketing recentemente.
Outro símbolo da RDA era os Trabants, ou Trabis, como carinhosamente são apelidados.
Gostamos de Berlim, pois apesar de toda a destruição que sofreu na Segunda Guerra Mundial, e da divisão física a que foi sujeita, soube organizar-se e reerguer-se.
Nota negativa, e surpreendente, foi o fraco conhecimento de inglês que muitos alemães tinham. Fossem novos ou velhos. Ficamos mesmo espantados com tal facto, pois tínhamos uma ideia completamente contrária.
Ficou muita coisa por ver, mas também fomos em Janeiro, e acabamos por gastar menos do que tínhamos orçamentado.
Berlim foi uma cidade que sempre foi preterida em relação a outras cidades e locais, quer pelos elevados preços dos voos para aquela cidade (especialmente a Easyjet que faz Lisboa-Berlim), quer pelo alto nível de vida que se tem na Alemanha. No entanto, é claro que era uma cidade que gostaríamos de visitar...
É provavelmente a cidade, a nível mundial, que melhor retrata a história do séc. XX, pois dentro dela se viveu as duas Grandes Guerras, principalmente a 2ª, a Guerra Fria ainda bem marcada na cidade, a queda do Bloco de Leste, a Unificação Alemã, e a convivência europeia no seio da UE.
Voos: Lisboa-Hamburgo-Lisboa, pela Ryanair. 96,00€ i/V para os dois...
Bus: Hamburgo-Berlim-Hamburgo, pela Berlinerlinienbus. Como comprei pela net, com alguma antecedência, foram 9,00€ por cada passageiro/trajecto. Total 36,00€. O problema é que levando mala paga-se uma taxa de 1,00€ por mala/trajecto. Mas mesmo assim foram 40,00€ no total, o que é excelente...
A viagem são de 3 horas e pouco, em Autopullmans novos, confortáveis, com wc, e wi-fi.
Hotel em Berlim: Titanic Mitte Berlim. 108,00€ pelas duas noites sem PA, reservado antecipadamente pelo Booking. Um hotel recente, com todas as excelentes condições. Os quartos são reduzidos, mas super confortáveis. O pequeno-almoço eram 12,00€ por pessoa/dia, o que riscamos. Muito bem centralizado.
Hotel em Hamburgo: Eden by Centro Hamburg. Foi 46,00€ com PA. Um hotel antigo, desde o edifício, à mobília, e à casa-de-banho. Mas tinha algumas vantagens: super limpo, barato, com um Senhor pequeno-almoço, mas principalmente era super bem localizado, pois ficava muito perto da Central de Autocarros de onde chegávamos às 22:00 e tal da noite, e em frente à Estação onde apanhávamos o comboio para o aeroporto no dia seguinte.
Por burrice nossa, apenas usamos Hamburgo para fazer "escala", digamos assim, o que nos fez arrepender. Valeria a pena termos ficado mais um dia e conhecermos a cidade que nos pareceu bonita. Fica para a próxima...
Reservas antecipadas: Visita à cúpula do Reichtag/Bundestag marcada pela internet, marcado para as 15:00 de sábado.
1º Dia em Berlim:
Dado que chegamos já de noite a Berlim (começa a anoitecer às 16:00), foi só o tempo de fazer check-in no hotel, e sair para reconhecimento da cidade, dado que ainda tínhamos dois dias inteiros para a visitar. Batemos, já de noite, e ao frio, os principais locais da cidade, para voltarmos no dia seguinte com calma.
Porta de Brandemburgo à noite com projecção de luzes
Jantamos na Alexanderplatz uma Berliner Currywurst, uma especialidade local, que não é mais do que uma salsicha gigante com ketchup e caril em pó por cima. Era acompanhada de pão francês e salada de batata. E claro, uma bela cerveja de meio litro...
Berliner Currywurst (tirada com o telemóvel)
2º Dia:
Ao acordar, e ao espreitar pela janela, a primeira grande animação (ou desilusão), que foi o de vermos tudo branquinho, com uma bela camada de neve... :brr:
Mas bem agasalhados, lá saímos, tomamos o pequeno-almoço numa padaria/pastelaria, e fomos para a Porta de Brandenburgo, onde iríamos fazer um Free Tour em espanhol.
O acordar no primeiro dia em Berlim
O romantismo de um jardim num inverno
Nem a Torre da TV escapa à neve
Unter den Linden à neve
Lá fizemos o Free Tour, batendo os principais locais da cidade de Berlim. Apesar dos 0 ºC que estavam na rua, valeu a pena...
Porta de Brandemburgo de dia
Quadriga da Porta de Brandemburgo
Parque Tiergarten com neve
Memorial às Vítimas do Holocausto
Local onde se situava o Bunker do Hitler...
Troço do Muro de Berlim, junto à Topografia dos Horrores
Checkpoint Charlie
Checkpoint Charlie com os "soldados" americanos
Gendarmenmarkt com a Igreja dos alemães e a Konzerthaus à direita
Gendarmenmarkt: Igreja dos Alemães-Konzerthaus-Igreja dos Franceses
Bebelplatz e a Universidade Humboldt
Reichstag
Como tínhamos a reserva feita para visitar a Cúpula do Reichstag, lá seguimos à hora marcada. No entanto, e conforme está descrito na página da reserva que recebes por e-mail, a visita pode ser desmarcada por vários motivos, e um deles, era o mau tempo. Foi precisamente isso que aconteceu. Devido à neve, a cúpula estava encerrada naquele dia. Sugeriram-nos voltar no domingo e marcar na hora.
Porta de Brandemburgo visto da Tiergarten/Reichstag
A caminho da East Side Gallery, a Alexanderplatz ao longe
Seguimos para East Side Gallery, um troço do Muro que está carregado de expressões artísticas. Como já era de noite, e tínhamos a perspectiva de voltar no dia seguinte, não tiramos muitas fotos...
East Side Gallery à noite
À noite partimos para a zona dos bares em Berlim, que se estende por uma grande área a norte e nascente da Alexanderplatz. Passamos por um restaurante português, que tinha caldo verde a 4,00€, e lá acabamos por entrar no primeiro que nos apareceu assim que começou a cair a neve. Um tiro de sorte, para tinha música jazz ao vivo e cerveja barata...
3º Dia:
Acordamos com a cidade praticamente limpa de neve, e o céu mais aberto, mais solarengo, apesar das temperaturas se manterem nos 0~1 ºC...
Pensamos em ir a Postdam, mas dado que pouco tínhamos aproveitado a cidade no dia anterior por causa da neve, achamos melhor conhecê-la melhor... Afinal de contas, temos de deixar algo por ver, para termos motivo para voltar, não é verdade? :angel:
Kaiser-Wilhelm-Gedächtnis-Kirche
Kaiser-Wilhelm-Gedächtnis-Kirche
Esta igreja foi destruída na II Grande Guerra e deixava assim para memória futura.
Coluna da Vitória no meio do Tiergarten
O Tiergarten é um grande parque urbano, bem no centro da cidade de Berlim. Apesar da maioria da neve ter desaparecido, ainda estava um frio pouco incomodativo para se andar a passear num parque...
Reichstag já sem neve
Conforme sugerido, neste dia voltamos ao Reichstag para visitar a Cúpula. Depois de meia-hora na fila das reservas, acabamos por desistir da ideia, pois conforme se vai estando na fila, vê-se um monitor com as vagas livres por hora para aquele dia e seguintes. E como vimos que poucas vagas restavam para o próprio dia, desistimos.
A diferença de um dia para o outro...
Porta de Brandemburgo sem neve
Memorial às Vítimas do Holocausto sem neve
Na verdade o nome completo é "Memorial às Vítimas Europeias Judias do Holocausto", pois ao longo da cidade existe outras memoriais dedicados aos restantes perseguidos, como os ciganos, homossexuais, deficientes, etc.
Postdamer Platz
Praça Sony
Unter den Linden
Esta avenida estava desde a Porta de Brandemburgo até a Alexanderplatz em obras, pois estão a construir uma linha de Metro sob ela...
Catedral de Berlim e Alexanderplatz
Museu Altes restantes museus da Ilha dos Museus
Igreja de Sta. Maria e Alexanderplatz
Decidimos subir à Torre de TV e aproveitar o bom tempo para ver as vistas. Mas parece que não fomos os únicos a pensar assim, e encontramos filas gigantes, o que nos fez desistir da ideia. Mais um motivo para voltarmos...
Rathaus
Torre da TV na Alexanderplatz
A RDA:
Apesar da queda do muro de Berlim e a Unificação Alemã terem sido há 25 anos, ainda subsistem alguns símbolos da RDA na cidade. Para além da Torre de TV, Um deles é o Ampelmann, que mais não é do que o homenzinho dos semáforos que existia na Berlim Oriental, que se tornou num dos símbolos de Berlim e numa marca de Marketing recentemente.
Ampelmann verde
Ampelmann Vermelho
Outro símbolo da RDA era os Trabants, ou Trabis, como carinhosamente são apelidados.
Trabants ou Trabi's
Gostamos de Berlim, pois apesar de toda a destruição que sofreu na Segunda Guerra Mundial, e da divisão física a que foi sujeita, soube organizar-se e reerguer-se.
Nota negativa, e surpreendente, foi o fraco conhecimento de inglês que muitos alemães tinham. Fossem novos ou velhos. Ficamos mesmo espantados com tal facto, pois tínhamos uma ideia completamente contrária.
Ficou muita coisa por ver, mas também fomos em Janeiro, e acabamos por gastar menos do que tínhamos orçamentado.